Projeto Raízes Afro- Descendentes CEJA de Baturité

24 de maio de 2017 - 14:03

Projeto Raízes Afro- descendentes e a Lei 10.639/03 no CEJA de Baturité

 

O ensino da história e cultura afrobrasileira e africana no Centro de Educação de Jovens e Adultos Donaninha Arruda Baturité, aborda a LEI Nº 10.639/03, entrelaçando os embates teóricos com as expressões culturais, contemplando as dimensões sociais, econômicas, políticas, entre outras, articulando os múltiplos processos culturais vivos e valorizando a diversidade da construção de identidades sociais. O Projeto Raízes Afro- descendentes surgiu da necessidade de investigar a abordagem da Lei 10.639/2003, nos livros didáticos adotados da disciplina de História da EJA nos anos finais, especificamente do 8º e 9º anos, a partir de um olhar diferenciado voltado para uma nova ressignificação do papel do negro na formação e evolução de nossa nação, valorizando o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, através da integração cultural (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas. Numa proposta interdisciplinar as ações estão organizadas em circuitos de oficinas temáticas contemplando os países lusófonos: Portugal, Guiné _Bissau, Angola, Timor Leste, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. Assim o Ceja considera o processo de ensino aprendizagem como instrumento fundamental na luta contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil, buscando para seu cotidiano escolar e suas práticas pedagógicas a produção de diálogos entre as demais nações, com exclusividade para com a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa-CPLP.

Acreditando na valorização do universo das culturas tradicionais populares e indígenas, e que não se faz necessário datar apenas um dia para a consciência negra, mas sim despertar em nossos educandos novos conceitos, idealizando uma consciência humana com criticidade construtiva, demonstrando que não importa a cor do cabelo, o estilo das roupas, muito menos a cor da pele, pois nada disso define caráter e muito menos nos fazem melhor que o outro, visto que, “O que nos faz diferentes uns dos outros não é nossa cor de pele, mas sim o nosso modo de pensar ”.( Frederic Roosemberg)

Assim, no último dia 23 de maio, a comunidade escolar Cejiana foi contemplada com a reflexão sobre a história contemporânea e a cultura do país de Angola, tendo como ministrantes as professoras da área das Ciências Humanas, Olga Caracas, Artemiza Paixão, Ana Alice e Laura Vicunha e como representantes angolanos os jovens Juvenal e Felipe, que abrilhantaram este momento com suas simpatias e talentos artísticos.

 

Escrito por: Ana Lúcia Nobre da Silveira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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